quinta-feira, 5 de junho de 2008

PARTE III - ENTRE AS RELAÇÕES AFETIVA E O SEXO!...

O quarto eixo, é o das relações afetivas, onde tudo se baseia no gostar, querer o outro, sentir, valorizar, e em geral são relações sentidas diferentemente das relações desejantes na
medida em que estas se marcam pelo desejo que vem de fora para dentro, e no caso das relações afetivas os desejo se constroem de dentro para fora.
Neste caso as relações saem do campo dos eventos para verdadeiramente serem estruturais, acontecem em torno de uma construção que é diária, lenta, vivida e sentida a cada passo.
Assim sendo não estão em pauta as formas, nem belezas, nem posse de qualquer ordem, existe tão e simplesmente o “outro” como objeto de amor, por isso é uma relação que se dá de essência para essência, de alma para alma.
O sexo não é o fator causal da relação, más uma conseqüência, produto de uma relação saudável, progressista, sentida e vivida em todas as direções.
Muitos poderiam dizer que eu estou falando de utopia, muito mais pelo contrário, pois este tipo de relação existe mesmo, é real.
Hoje com essa maneira inteligente dos jovens se aproximarem, o “Ficar”, muitas vezes até se sexualizando, naquilo que muitos entendem com ato precoce, vendo isso sem o ismo dos pessimistas, acho que tem sido maravilhoso no aprendizado humano, pois dia a dia tem sido descaracterizada essa tal virgindade, essa tal pureza, dia a dia a guarda dessa tal virgindade vem perdendo o valor, o himem tem deixado de sustentar o discurso machista, e estamos aprendendo a gostar do outro não pelas reservas sexuais más pelas suas potencialidades como seres diferenciados nas linhas da admiração pessoal.
Admiração essa que não mais se fixa obsessivamente em torno de uma virgindade, más pelo respeitar, entregar, dar-se, do ser honesto, pela parceria.
Dia após dia as formas físicas tem perdido um pouco o valor, entrando em cena uma nova ordem nos relacionamentos, a pontualidade do gostar de si, o auto amor, pois somente poderá verdadeiramente gostar do outro aquele que gosta de si mesmo, aliás bem sabemos que cada um somente poderá dar daquilo que possui, abacateiros jamais produzirão melancias ou pitangas, amor produz amor na medida em que respeito produz respeito, e o ser afetivo sem duvida alguma produz afetividade.
Muitos podem até me chamar de modernista, alguns irão me chamar de louco, e outros de pervertedor, aliás, que me chamem estou pouco ligando, hoje já não vivo mais aquele tempo da Virgem Maria, hoje eu a respeito ainda muito mais, de alma e de coração Maria de Nazareth a mãe de Jesus, basta!...
O que me importa se ela foi virgem ou se não foi virgem aliás isso é muito pouco para a sua grandeza, para mim basta o fruto que dela foi gerado, Jesus.
Pelos frutos se conhece a qualidade da arvore!...
As pessoas não podem mais ser julgadas simplesmente pelo sexo que fazem, pela forma do sexo que fazem, ou pela maneira do sexo que fazem, isso não importa, a questão é a qualidade que colocam no sexo que fazem, o respeito, a entrega, a responsabilidade, e a finalidade do sexo que fazem.
Gravidez?
Desculpem-me más acho que isso pertence a esfera social, médica, biológica, questão de saúde gestacional, saúde publica, quanto ao volume de nascimentos isto é para ser pensado pelos sociólogos, talvez acerca da necessidade de um controle mais efetivo da natalidade, métodos anti conceptivos.
Certo é que se o homem fosse criado para fazer sexo atendendo tão somente aos imperativos da natalidade, da procriação, da perpetuação da espécie, seriamos como os demais animais e viveríamos presos a ciclos de desejos primários bem definidos chamados de cio, e a bem da verdade e graças a Deus essa não é a nossa realidade. O sexo entre nós não possui tão somente o objetivo de perpetuidade da espécie, más muito em especial o sexo tem para nós funções bem maiores e mais lindas, a de garantir as intensas trocas de energia entre os seres.
Um parceiro, dois parceiros, parceiros?
Para mim, Isto é uma questão de fórum intimo, permito-me assim parafrasear o maior dos terapeutas, o terapeuta de almas, Jesus, “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
[1]
Assim da maneira que for, que se vá bem e em paz, o seu sexo quanto a você é problema exclusivamente seu, quanto junto ao “outro” será uma questão de responsabilidade conjugal, pertence a vocês dois, olha más em momento algum se permita mutilar o outro em seu campo afetivo pois isso certamente trará conseqüências graves para ambos. Em minha modesta opinião temos que desmitificar essa questões voltadas ao sexo, e tirar desse assunto o véu do sagrado, o invólucro das coisas místicas, pecaminosas, e de sujidade, temos que dar a ele as cores da naturalidade, da responsabilidade e do bom senso, aliás o bom senso sem duvida é o caminho do equilíbrio em tudo.
Disse-me um amigo, “... a vida é um evento de extrema responsabilidade, um exercício continuo de bom senso, ser feliz meu amigo é pura conseqüência”.
Abraços!...

[1] João 08:10,12

4 comentários:

Anônimo disse...

Li e gostei muito das 3 abordagens feitas: "Entre as relações afetiva e o sexo."
É uma pena ver o sexo tão banalizado, tão vulgar. Hoje se faz sexo como se troca uma roupa, um sapato...podemos dizer que por um simples capricho. Nunca na estória da humanidade se viu tanta gente grudada e ao mesmo tempo tanta gente só, em meio a uma multidão. Tudo pode, tudo é permitido, liberou geral vamos dizer... e as pessoas se sentem frustradas, mal amadas, não existindo mais aquela magia da sedução. Temos é que curtir o momento e nos nos esquecemos um momento passa rápido.
Mas...nem tudo está perdido quando se trata de "afeto" como foi colocado na "parte III."
Conhecemos nossos afetos pela afinidade, pelo simples tocar de mãos, pela magia do olhar e pelo simples prazer de estar perto.
O sexo gostoso é aquele onde as almas entram em sintonia, se encontram, formando no horizonte de nossas vidas, a linha infinita das emoções.
Não podemos ignorar que o respeito ao sentimento do outro é primordial nas relações.
...e como já dizia o nosso amigo: "A vida é um evento de extrema responsabilidade, um exercício continuo de bom senso, ser feliz meu amigo é pura conseqüência”.
Bjs meu amigo!!! vou ser feliz agora e já volto!...
Sol

Anônimo disse...

Bom senso e equilíbrio devem ser a tônica de nossas vidas. Mas como já dizia a canção: "Se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim..." Aceitar e amar a nós mesmos. O resto vem por consequência.

Anônimo disse...

Sabe, Jairo, não sou contra a se ter um relacionamento sexual, mesmo porque para mim, é a coisa + linda que Deus deixou. Tão linda, que do sexo nasce um novo ser.O que me indigna é a forma como as pessoas hoje conduzem para se chegar ao sexo, como se fosse "escovar os dentes", banal, mecânico.
Perdeu-se completamente a essência, o respeito de si próprio e pelo outro. Hoje a procura é em fazer sexo e só depois conhecer a pessoa, a conquista, qdo acontece fica em último plano. Parece que as pessoas estão com medo da palavra comprometimento. Falta é isso, sabe? As pessoas deixarem de ser tão egocêntricas e mesquinhas, e aprender a se valorizar. Pois só assim, tbem iremos valorizar o outro. Nós somos seres, que fomos criados para o amor, e eu acredito que podemos sim, fazer não o "sexo", mas fazer o "amor".

Anônimo disse...

Querido amigo,

O dia que as pessoas deixarem o preconveito e virem as coisas claras e naturais, e respeitando uns aos outros tudo será muito simples....acredito que no prócesso regenerativo, pois no processo de provas as pessoas tem muita dificuldade de diferenças..
Bom, parabens pelo seu blog com palavras de grande incentivo a pessoas frustradas e mal amadas.
Abraços.