quinta-feira, 5 de junho de 2008

PARTE II - ENTRE AS RELAÇÕES AFETIVA E O SEXO!...

Em geral as mulheres aandam extremamente preocupadas com tudo aquilo que não é motivo de preocupação para os homens, pois a maioria não sabe sequer o que seja uma celulite, nem tão pouco o que é essa tal de estria, ele verdadeiramente não está nem aí para isso, se vier com celulite ou sem celulite, com estria ou sem estria, ele come tudo e não deixa nada sobrar, pois a sua cabeça somente gira em torno do orgasmo.
Além do mais, elas gastam uma fortuna em roupas intimas, calcinhas, sutiãs, roupas de dormir, e outros penduricalhos mais, que na realidade no momento “H” vão mesmo ser havidamente retirados, no entanto a maioria esmagadora dos homens não estão nem aí para isso, e a maioria das mulheres não percebem que eles gostam mesmo é de mulheres peladas, nuas.
Aliás, perguntei para vários de meus amigos, qual a cor da calcinha que a mulher deles vestia na ultima relação amorosa, e eles simplesmente sacudiam os ombros, me olhavam fixamente com um olhar vazio, e me diziam assustados “eu não sei uai!... “ , quando outros ainda me faziam uma contra pergunta, “sei lá, você liga pra isso”, os homens não são muito afeitos principalmente aos penduricalhos, aliás isso somente atrapalha o momento, é muita coisa para tirar, atrasa, desconcentra, o mundo masculino é mais objetivo ele se preocupa mesmo é com o orgasmo.
Os homens vivem obstinadamente em função do orgasmo!...
Uma vez atingido o orgasmo eles ficam felizes, com aquela carinha de anjinho caído do céu, de menino que ganhou um pirulito delicioso ou que chegou ao parque de diversões, eles ficam calmos, calminhos, tranquilinhos, sentem-se como se estivessem no sétimo céu, no nirvana, não enchem mais o saco, não cobram nada, tudo está bom, tudo está ótimo, e a sua mulher é a maior podendo lhe pedir qualquer coisa, até o momento em que eles novamente irão começar a procurar suas parceira em função das pressões do cio que lhes abate, e aí começará tudo outra vez!...
Quanto tempo durará o intervalo, aí eu não sei, pode ser de vinte minutos a vários dias, é bom fazer uma tabelinha para evitar surpresas, mal entendidos e novas discussões!...
Por isso as coisas se arrastam, de um lado existe um querendo abater e comer logo a caça, e de outro lado a caça embora já caçada vivendo a ilusão de ser criada delicadamente, acariciada e mantida contemplativamente pelo seu caçador, como se ele matasse a sua fome somente em vê-la.
Por isso mesmo é que as coisas na maioria das vezes não dão certo, o caçador nunca pode ter certeza de que matou a caça, ela tem que se manter sempre em sua alça de mira, para que ele esteja sempre correndo atrás, motivado, municiando a espingarda, e acreditando que um dia ele conseguirá abater a caça.
Estes sim são os caçadores motivados, e essas são as mulheres amadas, desejadas, perseguidas por vários caçadores, que assim passarão a sua vida inteira em função de caçar o incasável, a caça feliz é a caça que jamais morre!...
Bom, más como ia dizendo fazemos sexo por vários motivos, o primeiro é pela motivação primária, ou seja, pelos impulsos que são conduzidos pelas necessidades biológicas e está muito ligado aos objetivos de perpetuação da espécie, sendo assim concluímos que o principal elemento disparador dos desejos são os hormônios, caracteristicamente é um sexo muito animal na medida em que tão somente atende aos anseios que são estritamente primários.
O segundo eixo é o dos desejos, cuja raiz encontra-se na posse, aquilo que comumente chamamos de tesão, trocando em miúdos trata-se de um sentido quase que voltado exclusivamente ao campo sensorial, muita visão, muita gustação, olfação e muito tato, vivemos isto pelos olhos, nariz, boca e mãos, ele se concentra num pega-pega intenso, está muito voltado ao campo das formas, do cheiro, do gosto, da química, e por isso mesmo trata-se de uma questão bastante material e muito real.
Ele precisa de motivação externa para sobreviver, pois que não é vivido de dentro para fora, e sim de fora para dentro, é sempre necessário um estimulo disparador no campo dos sentidos, e está muito voltado ás áreas dos fetiches, das taras individuais, possui até mesmo uma mística, o outro é vivido muito como uma prenda que se disputa, uma mercadoria que se compra, aquilo que pertence ao discurso do ter, visando unicamente a satisfação do ser desejante, acho que se relaciona muito ao discurso Socrático da falta, desejamos sempre aquilo que nos falta, um bumbum torneado, umas pernas bem definidas, uma boca sedutora, cabelos, mãos, muitas vezes roupas, cheiro, olhos, etc.
Hoje, entretanto é uma questão complicada, esse ter por sofrer tão sérios impactos por parte da modernidade, tem se fixado muito na direção do objeto como posse, do descartável, do passageiro, do momentâneo, do viver intensamente sem que haja qualquer investimento afetivo, uma despreocupação com o sentimento alheio, não havendo uma expectativa de continuidade por menor que seja, este eixo em geral é extremamente volátil em sua durabilidade e bastante transitório em termos das conquistas.
Em minha modestíssima opinião, este é o quadrante onde os sofrimentos são mais visíveis, principalmente para os emocionais que inicialmente se deslumbram pelo canto das sereias e não observam os rochedos perigosos nos mares da sedução, e assim não percebem que existe tão somente o desejo de se fagocitar o outro, a relação antropófagista, e a expectativa tão somente centrada no gozo e no deleite, imprevidentes mergulham de cabeça nestas águas turvas e acabam vitimas dos muitos traumatismos causados pela invigilancia.
O terceiro eixo, é o do sexo conveniente, ou seja quando toda a relação dos pares passa a gravitar em torno dos conchavos, aceita-se tudo em função do proveito pessoal, e isso se dá nas relações que eu denomino de pares “Muletas”, sempre há um manco escorando o outro, havendo uma suportação mutua sob os auspícios da tolerância interesseira.
E isso em minha modesta opinião penso ser das relações a mais triste, quando uma pessoa se sujeita a ficar com alguém para usufruir de status, carro, dinheiro, facilidades, beleza, e pior é que isso hoje é vivido como uma experiência comum, e que muitas vezes vão se arrastando, arrastando até que o câncer, o diabetes, e outras doenças convenientemente se instalem, hospedeiras do adoecimento mental que já existia precocemente.
Assim, a auto-estima baixa acaba por determinar a derrocada do sistema imunológico, obituando o ser, se configurando num suicídio muito sofrido e lento.
Podemos também chamar este tipo de vivencia como a relação das aparências, é onde tudo parece, parece ser feliz, parece ser perfeita, parece ser harmônica, parece ser afetiva, más também parece ser saudável, más que verdadeiramente são relações adoecidas, e que somente existe pela falta de capacidade do ser em tomar decisões contrárias aos próprios impulsos, pela falta de coragem em abrir mão das vaidades pessoais.
E a que podemos atribuir isso?
Em minha modestíssima visão atribuo a ausência de amor próprio, e a completa falta de auto-estima em alta, falta do gostar de si mesmo, assim tudo passa a ser vivido pelos impulsos sob os impactos das conveniências.
Isto gera um mar de frustrações sem conta, e falências psicológicas sem precedentes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querido Jairo,
Os hormônios femininos, estrogênio e progesterona, sofrem alterações ao longo do mês, ao contrário do masculino, a testoterona, que se mantém em um nível constante. Teoricamente o desejo seria da mesma intensidade em ambos os sexos.
O homem foi educado para aliviar suas tensões na relação sexual e a mulher a reprimir os seus desejos.
Aliado a isso temos as inúmeras atividades das mulheres como profissionais, como donas-de-casa e como mães levando à indisposição, ao cansaço físico e mental e conseqüente redução do apetite sexual e isso se acentua com a presença de um parceiro egoísta, imediatista, pouco compreensivo e especialista em atingir o próprio orgasmo.
Isso é resolvido na maioria das vezes com uma boa conversa ou melhor dizendo, com várias conversas.
O homem pode ser ensinado, educado pouco a pouco, sem ser agredido na sua performance.
A sensibilidade é característica das mulheres. E aqui como em toda regra, há exceções.
Em relação à lingerie, às camisolas, elas são muito úteis nos jogos de sedução, eu diria que são indispensáveis.
Os homens às vezes não identificam quando usamos uma roupa nova, uma lingerie provocante, um penteado diferente, mas percebem que naquele dia estamos mais atraentes, mais sedutoras, irresistíveis. Nem sempre elogiam com palavras, mas com olhares, com sorrisos e principalmente com desejo.
As mulheres precisam aprender a ler nas entrelinhas, a entender atitudes e reações.
Somos diferentes, temos corpos anatomicamente diferentes, hormônios diferentes e pensamos de modo diferente.
O homem geralmente é objetivo e a mulher subjetiva, alcançar o equilíbrio não é tão difícil, nem impossível, é um exercício diário, faz parte da evolução.

Anônimo disse...

Boa noite,
Concordo de certa foma com o comentário anterior, mas apesar das dificuldades que nós mulheres enfrentamos quanto às langeries, que está bem ligado a vaidade.
Mas nós enquanto mulheres precisamos aprender que o que mais interessa aos homens é retirar tudo, então a simplicidade do sexo e o amor nele impresso é muito mais importante do que a peça íntima que usamos, então acredito que a simplicidade em tudo facilita nossa vida.
Não adianta fazer apologia a jogos sexuais se não passamos o amor ao ser que se relaciona conosco através do ato sexual. Podendo ser então, um marido, um namorado, ou quem quer que seja.
O que realmente importa no sexo é o amor e não a beleza da roupa que estamos usando, mas sim o mistério que nós, enquanto mulheres, transmitimos aos homens nos tornando o objeto de desejo, de carinho, de compreensão, que através da convivência com o amor conseguimos aliar até ao nosso amor próprio e também associando o amor, o prazer e o sexo ao respeito pelo objeto de desejo, que no caso da mulher é o homem(o tal marido) risos...